terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fotógrafa registra seres mais antigos do planeta


Llareta, espécie encontrada no deserto do Atacama; clique aqui para ver mais fotos

Do Deserto do Atacama, no Chile, ao Japão e Groenlândia, passando por paisagens submarinas na ilha de Tobago, a fotógrafa americana Rachel Sussman roda o mundo desde 2004 atrás de seres e organismos que, segundo ela, são os mais antigos do planeta.
O projeto começou com uma viagem de Sussman para registrar uma árvore que teria cerca de 2,2 mil anos, na ilha de Yokushima, no Japão. A partir daí, ela teve a ideia de catalogar espécies por sua longevidade.
"Os seres vivos mais antigos do mundo" (The Oldest Living Things, no título original) se transformou em uma exposição itinerante que também gira o mundo.
Sussman estabeleceu dois critérios para a escolha dos seres a serem fotografados: idade igual ou superior a 2 mil anos e vida ininterrupta durante este período.
O que começou como uma curiosidade da fotógrafa acabou virando um trabalho sério, com cientistas contactando-a para dar dicas sobre seres milenares.
Foi assim que ela chegou até a Llareta, no deserto de Atacama, uma espécie aparentada da salsinha que parece um tumor ou uma pedra verde brotando do solo.
Em uma viagem à Namíbia, Sussman clicou a planta welwitschia, uma espécie de árvore que só dá duas folhas e teria mais de 2 mil anos.
Exposta às violentas tempestades de areia do deserto, essas folhas são cortadas e acabam parecendo um emaranhado de fitas verdes.
O projeto levou Sussman ao Instituto Niels Bohr, em Copenhague, na Dinamarca, onde ela fotografou um grupo de actinobactérias que teria nada menos que meio milhão de anos e foi encontrado no solo congelado da Sibéria.

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